Aquecimento global não é um mito
- midiadigitalufrn20
- 4 de jun. de 2014
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Por Natália Medeiros
Todos os dias são feitos enormes buracos na camada de ozônio. Camada que tem como função nos proteger contra os raios solares, provocando assim, o efeito estufa. Já não há mais dúvidas de que as mudanças climáticas são intensificadas pelas atividades humanas. A emissão de gases não para de crescer. E de acordo com o relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU feito em 2011, o impacto do aquecimento global será "grave, abrangente e irreversível".
É lamentável a situação que se encontram as florestas por todo o mundo. O desmatamento está aumentando e, mesmo com algumas iniciativas de reflorestamento, o estado de nossas matas é preocupante. Já o Brasil tem desafios bastante peculiares, sobretudo relacionados ao desmatamento e ao gás metano provenientes da ação dos ruminantes (bovinos, búfalos, cabras e ovelhas). O metano tem capacidade de aquecer a atmosfera até 26 vezes mais do que a do carbono, que também é um dos maiores causadores do aquecimento global.
De acordo com a pesquisa “Mudanças climáticas na imprensa brasileira”, ao longo desses últimos tempos, foram observados os 12 anos mais quentes em uma longa série de 650 milhões de anos. Os dados ainda indicam que a temperatura do planeta subiu em velocidade quatro vezes maior que a média desde 1850. Com certeza isso não se trata de uma brincadeira. Nosso planeta está esquentando e continuará piorando se não fizermos nada para impedir.
As consequências já estão aparecendo. Em lugares como a Antártica, no Ártico e na Groenlândia, geleiras têm derretido cada vez mais rápido, aumentando assim o nível marítimo e, às vezes, gerando até maremotos. As pessoas estão tão cegas de ganância que chegam a pensar que isso seria algo bom, por liberar caminho para navios cargueiros e economizar combustível. Um absurdo! Por essas e outras péssimas atitudes, várias espécies de corais e peixes são prejudicados por causa da alta temperatura no mar, cerca de 16% já foram afetados. Diminuindo também a economia, pois várias famílias sobrevivem da pesca.
Nossa fauna tem sido bastante prejudicada: os ursos polares e pinguins (que sobrevivem nas geleiras), várias espécies de macacos e outros animais que vivem em árvores ou se alimentam dos seus frutos (por causa do desmatamento e queimadas nas florestas), tartarugas Hawks Bill (que vivem na América Latina e no Caribe), tigres de Sundarbans (que vivem na Índia), entre tantos outros animais. Sem falar no estrago que o aquecimento do planeta está fazendo e pode se intensificar na flora. Várias florestas (incluindo a Amazônica, Valdávia e florestas costeiras do leste da África) correm o risco de sumir. O egoísmo desenfreado do homem está causando tudo isso. Pois ainda hoje, mesmo com tantas campanhas, as pessoas continuam com seus péssimos hábitos achando que suas atitudes não terão consequências futuras.
Daí, no meio de tudo isso nos perguntamos: “Qual é a solução?” A solução é programar alternativas – sejam elas saídas para os problemas já evidentes ou adaptações para as mudanças já irreversíveis – significa investir em pesquisas e abraçar a revisão de regras políticas, econômicas e culturais. Segundo o “Relatório Stern” publicado em 2006, as tentativas de migração de mudanças climáticas deverão incluir os seguintes elementos-chave: comércio de emissões, cooperações tecnológicas, ação para diminuir a desarborização e especialmente a adaptação.
A ONU calcula que será necessário um investimento imediato de valores que variam entre U$ 50 bilhões e U$ 100 bilhões por ano para promover as adaptações necessárias, principalmente nos países subdesenvolvidos (justamente os que menos contribuíram com a emissão de carbono) e no cenário nacional, a região do nordeste é tida como a mais vulnerável devido aos seus problemas sócio-econômicos e ambientais – típicos do clima semi-árido que é dominante na região, portanto, os cuidados devem ser implantados com mais rigor.
Devemos realmente nos conscientizar e nos mobilizar para frear o aquecimento global. Se cada um fizer sua parte, em mínimas coisas, mínimas mudanças no comportamento diário, poderemos alcançar este objetivo. E comecemos logo, se não quisermos pagar mais caro depois. Não vamos agir como se não houvesse amanhã e o mundo fosse durar para sempre. Ele não vai. Não se continuarmos tratando-o como um simples depósito de lixo.
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