Consciente na compra: Por que o papel reciclado é mais caro?

Por Rayant Gurgel

Muitas pessoas preocupadas com o meio ambiente buscam alternativas para o alto consumo do dia a dia. O papel, por exemplo, é um produto que tem uma fabricação agressiva para a natureza, e já há alguns anos ele pode ser encontrado nas lojas também reciclado. Mas afinal, se esse tipo de papel vem de materiais reutilizados, qual o motivo de seu alto custo?

Esse preço tão alto do papel reciclado se deve a sua fabricação. Ao contrário do que se imagina, os papéis de descarte do grande público não são reaproveitados para esse fim. Eles são mais utilizados para fabricar papelão, papel higiênico e de embrulho. Já o reciclado comum tem como matéria prima os descartes selecionados de gráficas e da própria indústria. Esses restos são unidos a novas fibras de celulose para formar o papel reutilizado.

Esse processo de produção é, na verdade, mais caro do que o utilizado no papel virgem. E por ser um negócio de nicho e de fabricação cara, muitas lojas listam o produto remanufaturado na categoria de papéis especiais.

Reprodução: IG

Para se ter uma noção de qual é a real diferença nos valores entre o papel comum e o reciclado, fizemos uma pesquisa analisando dois itens do nosso cotidiano: A resma do tipo sulfite no tamanho A4; E o caderno comum. No caso da resma, o custo do reciclado é de R$ 1 até 7 reais mais caro do que a resma de papel virgem. Quanto à diferença de preço entre os cadernos, a discrepância é ainda maior.

Um caderno de capa ou papéis reciclados de 100 folhas chega a custar o triplo de um caderno normal com 200 folhas. Os valores chegam a ser mais comparáveis nos modelos de caderno licenciados, com ilustrações de filmes e jogos. Nessa situação, um valor de aproximadamente 25 reais é necessário para comprar o modelo reutilizado de 100 folhas. A mesma faixa de preço dos licenciados com 200 folhas. Em todo caso vale a pesquisa, já que muitas lojas já vendem os produtos reciclados a um preço acessível.

#reciclagemconscientenacomprameioambiente